quarta-feira, 3 de maio de 2023

O avião na feiteira. ( 19 abril 1938)

Ainda hoje não se sabe ao certo....porque aterrou.

Do vento e da gasolina (?) não foi certamente.

Em Abril canta o grilo.




















Texto e Fotos Professor
Foi há 85 anos. A 19-Abril-1938 a pacatez albicastrense foi sacudida por um forte, incessante e tenebroso ribombar. Um enorme avião, como nunca se vira, sobrevoava a cidade a baixa altura. Na vizinha Espanha travava-se uma sangrenta guerra civil. O que andaria este avião a fazer por aqui? Foi um alívio quando o avião se afastou e levou com ele o sinistro barulho.
Ainda o susto da surpresa perdurava quando a notícia chegou. O avião aterrara nos campos da Feiteira. Agora a curiosidade era mais forte que o medo. Todos correram para o ver de perto. Ali estava imponente e protegido pela tripulação que de arma em empunho e linguajar desconhecido mantinha a multidão afastada.
O motivo da aterragem forçada, soube-se, deveu-se à falta de combustível. Foi então a oportunidade para se manifestar a hospitalidade do povo da Beira Baixa. Depressa se ofereceu alojamento aos estranhos e se providenciou para alguém ir a Lisboa buscar a gasolina de que o “monstro” precisava.
Passados dois dias tudo estava pronto para o avião levantar voo na pista improvisada. A tripulação mostrou ter ficado grata com a recepção que teve. Decidiu gravar para sempre na fuselagem do avião as palavras “Castelo Branco”.
Que avião era este? Tratava-se de um avião alemão marca Heinkel He-111 que Hitler tinha disponibilizado para apoiar o General Franco na Guerra Civil. De acordo com a Enciclopédia de La Aviacion Militar Española, integrava a VB/88 da Legião Condor. Regressava de uma missão de bombardeamento em Cartagena.
A fotografia do bombardeiro alemão, na Feiteira, é de autor desconhecido.

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