segunda-feira, 18 de setembro de 2023

O FORNO COMUNITÁRIO DA RUA SANTA MARIA em Castelo Branco

 O nosso Professor de História e Albicastrense sempre a surpreender. Grato



CASTELO BRANCO NOS JORNAIS (6)
HÁ 100 ANOS
(Para a história do Forno Comunitário da Rua de Santa Maria)
O jornal “Notícias da Beira”, de 29-Julho-1923, publicou um Edital da 2ª Circunscrição Industrial (Coimbra), com data do dia 26 anterior. Dava a conhecer que o senhor Thomaz Mendes da Silva Pinto requeria uma licença para estabelecer um forno de cozer pão na Rua de Santa Maria, em Castelo Branco. Se alguém não concordasse com a concessão, podia reclamar por escrito. Para isso tinha o prazo de 30 dias e era-lhe facultada a consulta dos desenhos e documentos anexos ao processo. Desconheço se houve reclamações, mas é evidente que a licença foi concedida. O forno funcionou durante décadas e ainda lá está; felizmente recuperado.
A minha recordação mais longínqua do forno da Rua de Santa Maria remonta ao princípio dos anos cinquenta. A actividade era diária e intensa. Predominava a panificação com o cheiro característico do pão acabado de cozer. A ele recorriam as padeiras que moravam perto e que, nas suas casas ou entregando de porta em porta, iam vendendo o pão que saía das fornadas. Nas épocas festivas também as famílias recorriam ao forno para fazer bolos ou cozinhar as receitas tradicionais.
O senhor Thomaz Mendes, o requerente da licença, era Chefe da Secretaria da Junta Geral do Distrito. Também foi um dinâmico empresário ligado aos espectáculos, em especial aos de cinema e teatro que se realizaram em Castelo Branco na primeira metade do séc. XX.
Tirei esta fotografia recentemente.

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